Magnetizado pela íris, confusão de cianos e cinzas. Variações em torno de azuis aquarelados, umedecidos. Eu, pálido exterior, gélido, ausente em meu corpo, quase morto, incolor. Sua mão de leve em meu braço faz despertar... Te enquadro no olhar, te analiso e desejo... Quente, presente em laranja, magenta e o vermelho... sangue! Fervendo nas veias. Cheiros, sabores, sentidos pulsantes. Eu, ofegante, ardente, crescente e de repente... Teus olhos desviam e se perdem em outros nem frios, nem quentes. Castanhos? Não lembro... Talvez faíscas de verde... Tons seguros, estáveis, que já te pertencem. Eu, quem sou eu? Mais um tom que compõe o ambiente de presença e ausência indiferentes. Recolho-me e murcho, aos poucos perdendo a cor como um livro entre outros, que se pega, cataloga, arquiva e se esquece na estante.